quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tudo o que sonhei...

Porque ontem, no meio de uma discussão trivial, ele afirmou que eu ainda não havia realizado tudo o que eu sonhei. Findada nossa conversa, fiquei remoendo esta afirmação e cheguei à conclusão de que ela é falsa! Eis tudo aquilo que sonhei para mim, um dia:

Quando eu era pequena e minha família muuuuito pobre, tudo o que importava, para mim, era mudar aquela situação. Eu acreditava que ter sucesso profissional e estabilidade financeira iria mudar tudo. Andava para lá e para cá cheia de papel cortado imitando dinheiro falso, fingindo que conversava com clientes e fazia inúmeras negociações: sonho número um, realizado!

Aos doze anos, para tentar realizar o sonho um, eu acreditava que ter uma boa educação era fundamental. Apesar de todas as dificuldades de estudar em escolas públicas durante toda minha vida, eu acreditava que, com um pouco mais de esforço, eu conseguiria entrar numa boa faculdade no curso que sempre quis: sonho número dois, realizado!

Quando eu comecei a trabalhar com o que eu sempre quis, eu acreditava que, para visitar todos os clientes e fechar todas as negociações que imaginava, eu precisaria de um meio de locomoção: sonho número três, realizado!

Quando eu era adolescente, eu imaginava conhecer outros povos, outras culturas. No meio em que eu cresci isso era quase impossível, mas eu estava determinada e, apesar de parecer bobagem, eu batalhei muito para viajar de avião: sonho número quatro, realizado!

Esses eram os sonhos que eu tinha há um tempo atrás. Naquele tempo, tudo era diferente, era outra situação. Acontece que, é fato, a gente nunca para de sonhar. E quando a gente acha que conseguiu tudo o que queria, a gente dá um jeito de sonhar mais, sonhar diferente e isso é bom, pois dá motivação à vida. Hoje eu sonho, sim, em constituir uma família. Porque, com o passar do tempo você amadurece e percebe que não são as conquistas materiais que importam, e sim, as afetivas. Porque você percebe que não importa “o que” e sim, “quem”. Porque você percebe que sua vida mudou...

Já dizia Paulo Coelho, "A possibilidade de realizar um sonho é o que faz que a vida seja interessante.".

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eu, escorpião.

Eu nunca dei muita credibilidade a essas coisas de horóscopo. Nunca fui de ler o João Bidú, pois eu, desde o tempo em que lia “criativa” e “atrevida”, achava que isso tudo era pura invencionice.
Acontece que, num jantar desses por aí, onde a gente sempre acaba conhecendo um bocado de gente interessante, eu conheci um rapaz com um currículo bem diferenciado: empresário, administrador, faixa preta em Aikidô e conhecedor profundo da astrologia. Eu frisei o currículo por que sempre, inconscientemente, liguei a imagem de um hippie aos que estudam a astrologia. Conversa vai, conversa vem, ele desdobrou inteiro o meu perfil e me deixou excitada para conhecer um pouco mais sobre a arte de interpretar o horóscopo. Mais uma vez, a vida me prova que formar preconceitos sobre as coisas e as pessoas é errado...

Aí vai um pouco de mim:

Incapaz de viver muito tempo na calma, apaixonado por transformações, é ansioso e exigente. Não lhe falta resistência nem energia e dá tudo de si em situações difíceis. Sente-se diferente dos outros, tem dificuldade em se integrar, ainda mais porque raramente está livre de tensão.

Lúcido, espírito penetrante, crítico e perspicaz. Percebe nos outros o "defeito da couraça".
Determinado, concentrado, confiante. Não se deixa influenciar, manda na sua vida, portanto é responsável pelo que lhe acontece. Pode elevar-se ou decair.

Não gosta de ser contrariado, nem que indaguem dos seus motivos. Força situações, perspicaz, sutil, ardente, leal. Ajuda-se, se quiser, e aos outros. Vingativo, antagônico, sarcástico, violento. Auto-respeito, não se preocupa com o que os outros pensam, pois tem boa opinião de si. Tem como garantido. Bom julgamento. Também quer segurança emocional. Tudo ou nada. Ar impenetrável, face de jogador de pôquer. Não esquece quem lhe ajuda, nem quem lhe prejudica.
Pode prejudicar a saúde com atividade derrotista, melancolia, excesso de trabalho ou de qualquer coisa. Poder de recuperação surpreendente. Garganta, nariz e órgãos reprodutores vulneráveis, varizes e hemorragias nasais.

Seus desafios são constantes, principalmente nas áreas financeiras e sexual. Deve aprender a dar, receber e compartilhar recursos e prazeres. Ambicioso não aparente, espera oportunidade e pega-a imediatamente. Se usar seu grande potencial pode tornar-se pessoa influente.
Corpo: Vigoroso e magro, de estatura media; porte robusto. Olhar magnético, linguagem envolvente. Ritmo biológico acelerado; energia concentrada na expressão física, inquietação motora. Atrai acidentes e morte brusca. Propensões auto destrutivas com grande poder regenerativo.Referência anatômica: genitais.

Remédio de fundo: calcaria sulfúrica.
Ervas harmonizantes: ginseng, guaraná, manjericão.
Incensos: Almíscar, Ópium e Eucalipto.
Psique: Ação das emoções sobre a base corporal.
Inserção rebelde do ego aos contextos convencionais. Reflexos rápidos e audácia provocativa; caráter anti-conformista e criativo. Temperamento vital-motor; humor paradoxal. Pensamento engenhoso, de fluxo intermitente e conteúdo experimental; concentração dispersiva, memória seletiva. Gostos elaborados, hábitos inusitados; moral transformadora. Impulsos primários de rebelião criativa. Tendência à imprudência.
Afetividade: Sensível, inconstante e erótica. Sensualidade experimental intelectualizada. Paixões ardentes e possessivas; emoções e sentimentos poderosos e imaginativos. Busca do novo e impensado. Amor ciumento, obstinado e rancoroso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Indignada!!!!

É a terceira vez, esse semestre, que furo o pneu do meu carro. Como não sei trocar pneus, acionei o seguro. O cara do seguro foi logo dizendo “diga lá, patroa, como foi dessa vez? E aquela viagem, você fez?”. Dá para acreditar? Se familiarizar com o cara que troca o pneu do seu carro é indignante. É sinal de que você o vê muito mais do que deveria...

Ê, Fortaleza Bela! Vai ver, todas essas crateras nas ruas por onde ando fazem parte de algum tipo de arte abstrata...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sessão nostalgia...

Hoje terminaram nossas aulas do nosso penúltimo semestre...
Finalizadas as comemorações, nossa turma foi tomada por um forte sentimento de nostalgia. Com o término da faculdade, apesar das inúmeras juras de contatos e encontros eternos, a gente sabe que nunca será a mesma coisa: nossos encontros nunca serão tão constantes, nossas ligações nunca serão tão diárias, nossas conversas não serão mais tão triviais como relatar e ri, em conjunto, uma topada que levou durante o dia, nossa presença nunca mais será tão absurdamente presente...
Voltando para casa, me lembrei das inúmeras pessoas que passaram na minha vida e de como elas marcaram tão intensamente minha história. São pessoas que, em algum momento, me foram extremamente importantes e que, por algum motivo, foram afastadas de mim (ou eu delas). Quando eu escrevo “afastadas” não é apenas como o Benito e a Bel, que já não marcam presença física neste mundo, mas sim, todos os amigos que, seja pela distância, seja pelas atividades, já não tenho mais contato e que, vez em quando, me bate uma saudade enorme.
Que falta me faz o Rodrigo, vizinho da casa da vovó, e de nossa amizade “unha e carne” do tempo em que eu ainda andava de “calcinha lambada” pela rua. Que falta me faz a Jú e seus infinitos jogos que juntava a turma toda nos finais de semana. Que falta me faz a Érika, amiga de infância e única amiga tão intima a ponto de eu não ter vergonha de tomar banho na frente dela (todos que me conhecem sabem do meu pudor exacerbado neste sentido). Que falta me faz a Kalina e sua esperteza para a vida e as pessoas. Que falta me faz o Danilo, companheiro de cursinho e de altos bate-papos a troco de nada até altas horas da madrugada. Que falta me faz o Edu Xavier, meu eterno “biscoitinho” filósofo e de nossas conversas super “cabeça” (aliás, depois dele, nunca mais conversei coisas tão transcendentais). Que falta me faz a Sirlane e seu sorriso solto para tudo o que eu comentava. Que falta me faz tantos outros...
Ah, como seria bom se a gente pudesse manter as pessoas queridas sempre bem pertinho da gente...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vida efêmera...

Hoje eu fiquei sabendo que uma amiga de colégio do meu noivo havia ficado viúva após um acidente de carro com seu recente esposo. Eu não a conheço e tão pouco conhecia a ele, mas, na hora que eu recebi a notícia, me tremi descontroladamente por um tempo. Não tenho nenhuma ligação afetiva com a história deles, mas pensar na efemeridade da vida me fez tremer. Triste coincidência: foi o segundo caso de morte que ocorreu entre os amigos de infância de meu noivo ainda este ano. Foi a segunda privação abrupta de sonhos, de planos, de cotidiano... Isso, evidentemente, me fez refletir: e se fosse comigo? E se, de repente, eu ficasse sem ele? E se, de repente, nossos planos das férias, do casamento, dos filhos, da vida ao envelhecer simplesmente acabassem de uma hora para outra? Só de pensar na hipótese eu já fico angustiada. Às vezes, na correria do dia, a gente esquece de dar valor ao que realmente importa. A gente esquece de dizer o quanto aquela pessoa é importante na nossa vida, o quanto a gente a ama. Não sei se essas duas meninas, ambas viúvas tão cedo, tiveram a oportunidade de se despedir, não sei que momento elas viviam na vida e no relacionamento, não sei o tamanho da dor que elas sentiram (talvez nem elas próprias saibam mensurar), mas sei que não quero passar por isso um dia e que não desejo esse sofrimento para ninguém. Sei que Deus, às vezes, faz coisas que parecem absurdamente incompreensíveis aos nossos olhos, mas que sempre tem um sentido para aqueles que têm fé. Sei que não há nada que se possa fazer, por mais que a gente queira retroceder no tempo e evitar o inevitável, além de esperar acalmar o coração e esvaecer a dor. Sei que, nesse momento, transmitir bons sentimentos é o que realmente importa...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pausa para descanso...


E essa idéia de escrever pelo menos um texto por semana já foi pelo ralo...
Eu tinha intenção de escrever um bocado aqui sobre os acontecimentos das últimas semanas mas alguns fatos, após superados, tornaram-se irrelevantes. Eu poderia ter citado a briga que eu tive no trabalho, a vontade louca de jogar tudo para o alto, a festa surpresa (e sempre maravilhosa) de aniversário, o treinamento super bacana que eu tive com outra equipe e a vontade incomensurável que me deu de mudar de “ares”, mas a única coisa que realmente valeu a pena citar nesse blog foi minha “folga” de dez dias dessa vida louca que teimo em levar. Nesses dez dias, ganhei de presente de aniversário de meu noivo uma viagem para Buenos Aires. A cidade é linda, romântica e divertida. Além do mais, tudo lá é BBB (bom, bonito e barato)! Aproveitamos à bessa e, coincidência, nosso hotel ficou de frente ao Centro Cultural Borges. Se eu não sabia quem era, agora estou graduada em Jorge Luis Borges.

KKKK....

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E...

E um dia você se dá conta que nunca é o suficiente. Você se dá conta que tudo e todos exigem sempre mais de você. Se dá conta que tudo o que eles querem é que você seja sempre bonita e inteligente e solicita e proativa e competente e ética e dedicada e sorridente e magra e família e amiga e estudiosa e leal e otimista e carreirista e enérgica e intelectual e dê conta do recado e, perfeita! E todo dia você se esforça o máximo que pode para tentar ser aceita, para ser bem quista. Acontece que, nesse mundo de exagerados “es” você, às vezes, esquece que é “humano, demasiado humano” e que também pode ser, mesmo que a contragosto, individualista e triste e pessimista e gordo e egoísta e, imperfeito!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Opostos.

Não. Definitivamente e absolutamente, as pessoas não são iguais. O que é para mim, pode não ser para você. O que te fere pode não interferir em nada na minha rotina. Não tente me igualar, não queira me moldar. Deixa eu seguir meu caminho, deixa eu seguir meu aprendizado mesmo que “a duras penas”. Deixa eu trilhar meu destino. Quero você, mas, por favor, não me peça para não ser eu mesma. Me deixa com meus erros, meus acertos, meus anseios mas, por favor, não me deixe. Esteja ao meu lado para me abraçar quando eu acertar ou me emprestar seu ombro quando eu errar. Fique comigo, pois, ao nosso modo, nós nos complementamos. Somos como o sol após a chuva, o Yin e o Yang, o próton e o elétron... Deixa eu ser o oitenta que eu não reclamarei de você ser o oito. Deixa eu ser o escuro que eu não indagarei o seu claro. Deixa que, aos poucos, a gente encontra o nosso equilíbrio...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído".

Como diria Joseph Climber, “a vida é uma caixinha de surpresas”, e assim foi meu dia.
Quem me conhece sabe que minha vida tem trilha sonora. Cada vez que relembro algo nela, imagino com uma música ao fundo. A de hoje foi:

“Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...


Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...
(Epitáfio – Titãs)

Como diria meu amigo, Lindo, "vamos viver essa vida porque o momento é agora"!!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Prece...

Ontem foi feriado. Feriado este que, para mim, por enquanto, ainda não tem nenhum significado. Eu, ainda bem, não tenho ninguém para visitar no cemitério (a não ser alguns parentes distantes). Até teria, mas, a única pessoa muito próxima que perdi foi minha melhor amiga há seis anos e ela foi sepultada bem longe daqui. Por ela, não preciso de dia específico para orar. Oro sempre que algo me acontece e eu sinto uma vontade louca de ligar para alguém para conversar e me vem a lembrança daquele sorriso meigo e caloroso que ela tinha.
Mas esse post não é para falar da Bel. Este post é mais para agradecer por tudo que eu sou, o que eu tenho ou, até mesmo, o que eu não tenho. Ontem terminei, aos prantos, de ler “Paula”, de Isabel Allende. Nesse livro, Paula, a filha de Allende, morre aos 28 anos (que fique claro que a morte dela fica explicita logo na dedicatória do livro pois não é a morte o principal fato da história, e sim, o caminho percorrido até ela). Assim que terminei a leitura fiquei refletindo sobre o porquê de algumas coisas acontecerem como acontece. O que justifica a interrupção da vida de uma pessoa tão jovem como Paula, como minha amiga, Isabel, e como tantas outras? Fiquei refletindo e lembrei uma história que ouvi sobre o Chico Xavier. Essa história fala de uma mãe que perdeu o filho muito jovem em um acidente de carro. A mãe, inconsolada, pergunta “Chico, por que eu?” e Chico responde “minha senhora, e por que não você?”. Essa conversa mexeu comigo e me fez pensar que Deus nunca dá um fardo maior do que a gente consegue carregar. Não sei o que Ele reservou para mim, mas espero que eu consiga seguir minha vida feliz apesar de toda surpresa e todo o inevitável que possa acontecer. Então, depois de toda reflexão, percebi que tenho uma família maravilhosa e cheia de saúde, um noivo companheiro e leal, um excelente emprego, a faculdade que sempre quis fazer, ótimos e numerosos amigos, um cachorro fofo... Percebi que, em alguns post’s anteriores, eu pareço um tanto reclamona, então resolvi escrever esse aqui como uma pequena oração de agradecimento e retratação.


“Obrigada, meu Deus, por ter tão pouco a pedir e tanto a agradecer”.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

E a gente que pensa que sabe muito...

Putz! Morri de vergonha...
Todo mundo que me conhece sabe que eu adoro ler. Adoro mesmo! Desde pequena que eu sempre ando com um livro debaixo do braço. Leio um atrás do outro. Ainda hoje uma amiga do trabalho comentou que me achava inteligente porque eu vivia lendo de tudo e, sabe como é, né?! De tanto a gente ouvir, a gente começa a estufar um pouco o peito e se "achar" um pouquinho. Acontece que, navegando pelas blogosferas diversas desse mundo on-line, encontrei um blogger que gostei muito(http://tantoscliches.blogspot.com/). Eis o trecho que me chamou atenção:

"De que escritor você tá falando?
-Jorge Luis Borges, ué.
-Não conheço.
-Você não conhece Borges? Mas você é, tipo, burro?"

Meu Deus, eu não conhecia Jorge Luis Borges. Digo que não conhecia porque, tipo assim, depois de ler os comentários da referida postagem, morri de vergonha e corri para o Google atrás de saber alguma coisa dessa criatura. Já encomendei até um livro para diminuir minha ingnorância sobre esse autor e, para você também não se sentir "o último dos moicanos", eis uma breve sinopse do mesmo:
***
Jorge Luis Borges nasceu em 1899 na cidade de Buenos Aires, capital da Argentina e faleceu em Genebra, no ano de 1986. É considerado o maior poeta argentino de todos os tempos e é, sem dúvida, um dos mais importantes escritores da literatura mundial.

"Seu texto é sempre o de uma pessoa que, reconhecendo honestamente a fragilidade e as limitações do ser humano, nos coloca diante de reflexões nas quais, com freqüência, está presente o nosso próprio destino." (Miguel A. Paladino).

Algumas obras do autor:

- Fervor de Buenos Aires
- Lua de frente
- Inquisições (renegado pelo autor)
- O Aleph
- Ficções
- História Universal da infâmia
- O informe de Brodie
- O livro de areia
- O livro dos seres imaginários
- História da eternidade
- Nova antologia pessoal
- Prólogos
- Discussão
- Buda
- Sete noites
- Os conjurados
- Um ensaio autobiográfico (com Norman Thomas di Giovanni)
- Obras completas (4 volumes)
- Elogio da sombra

domingo, 17 de outubro de 2010

Ah, paciência...

Hoje eu queria muito, muito, muito postar alguma coisa nesse blog mas, toda vez que eu começo a escrever algo, o meu noivo me desconcentra com os mesmos comentários que ouvi o dia todo: a prova de residência médica. "A questão certa não era a A e sim,a B; acesso à radioterapia complementar para conservação da mama; azitromicina é que é o medicamento correto; a puberdade precoce ocorre é aos nove; blábláblá"... Por favor, IJF, deixa ele passar nessa residência! Huahuahua...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Culpa.

Hoje eu estava vivendo um dia comum: um dia de correria, de metas, de agenda a ser cumprida, de provas, de trabalhos da faculdade para entregar. Uma vida tão lotada de atividades que você começa a parar de pensar e apenas fazer. Deixa de refletir sobre o verdadeiro sentido das coisas, sobre o que é realmente importante nesse mundo... Pois bem, eu estava vivendo mais um dia de puro egocentrismo até que minha irmã mais nova chega em casa arrasada com um caso que ela atendeu no trabalho dela (ela está no ramo de assistencialismo social): uma senhora com dois meninos, um de seis e um de sete meses de idade, foi ao local de trabalho dela pedir ajuda. Esta senhora disse que seu esposo é muito violento, que desconfiava que ele violentava seu filho mais velho mas que só teve certeza das atrocidades cometidas hoje, quando encontrou seu bebê de sete meses com o ânus sangrando. Minha irmã falou que o bebê ainda estava sangrando e que não parava de chorar. A criança mais velha estava arredia, com medo de tudo. Ambos foram encaminhados para os órgãos responsáveis, mas é IMPOSSÍVEL ignorar uma história tão triste como esta. O que podemos fazer para evitar isso tudo? Como melhorar essa sociedade cada vez mais doente? Não consigo parar de pensar que a culpa disso tudo também é minha: ignorar as necessidades alheias também nos tornam culpados. Condenar alguém específico, como? São brutalidades cometidas e repassadas como uma tradição, de pai para filho. Sou culpada porque faço parte de uma sociedade e, como dizia Rosseau, "O homem é bom por natureza. A sociedade é que o corrompe".

terça-feira, 11 de maio de 2010

Diário... (10 de maio)

Fim de semana legal. Teve o dia todo para eu dormir, ler, ‘do housework’ ou, simplesmente, ficar jogada no sofá de “pernas pro ar” sem fazer ABSOLUTAMENTE N-A-D-A (momento raro)!!! À noite, barzinho para comemorar níver do Love. Bebi um ou dois drinques e fiquei de mau humor. Ainda tava P. da vida pelo ‘bolo’ que levei no cineminha de sexta (detalhe: Ele se atrasou porque estava exercendo a medicina ao ajudar um transeunte que levou uma enorme queda em plena BR após beber todas). No barzinho, me disseram que eu não posso beber porque fico besta. O que posso fazer? Sou irracional mesmo vezenquando – aliás, todo mundo merece ser irracional vezenquando.
No domingo, fiquei a tarde toda assistindo Grey’s Anathomy – vício do momento. Teve briguinha básica com Ele e, depois, reconciliação nada básica (começo a achar que brigamos só para reconciliar depois)... No fim desse final de semana de ABSOLUTAMENTE N-A-D-A a contar, só me restou dormir de conchinha e me preparar para semana que chega...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Dispersos...

Cansada, exaurida, detonada... é assim que me sinto hoje. Mais uma vez a aula de RH está acontecendo e, mais uma vez, não consigo prestar atenção. É como se minha alma estivesse expandida demais para fixar-se num mesmo ponto. Música do momento (porque minha vida tem trilha sonora)? “ser capitã desse mundo, poder voar sem fronteiras, viver um ano em um segundo, não achar sonhos besteiras...”
Quero sair daqui correndo, ir para casa dormir, não ir trabalhar amanhã, botar uma mochila nas costas e sair... Quero conhecer o mundo, quero viver um amor profundo. Quero comer o que eu nunca comi, pisar terras que nunca pisei, conhecer gente que nunca conheci...
Quero viver uma vida colorida e com uma trilha sonora bem feliz. Quero uma vida sem obrigação, uma vida com uma agenda em branco para que eu possa completar como e quando quiser...Quero simplesmente sentir que vivi essa vida que tenho pois, triste constatação, só tenho essa...
E, se pudesse fazer um pedido louco (louco em um sentido diferente do que uso para definir meu cotidiano, atualmente) eu pediria: quero viver a vida do pequeno príncipe, pegar carona na cauda de um cometa, conhecer todos os mundos e todo mundo... Eu quero é ser feliz!!!!

A você!

Quero cantarolar e te beliscar sempre que você estiver concentrado, dirigindo. Quero almoçar todos os dias com você, mesmo sabendo que terei que esperar suas 96 mastigações por porção. Quero escutar você se culpando por não conseguir estudar tanto quanto queria. Quero dormir com você de conchinha sempre e sempre sentir você me abraçando tão forte e tão coladinho em mim ao ponto de quase me empurrar fora da cama. Quero ter sempre o seu dedo do pé entrelaçado ao meu na hora do sono. Quero você resmungando de como queria que sua família fosse. Quero você cantando mesmo sem saber a letra. Quero você sempre sonhando com o dia em que conseguirá reunir todos os seus amigos em um churrasco na sua casa. Quero você praticando seus golpes de Aikido em todo mundo. Quero você contando suas piadas bobas e fazendo todo mundo rir. Quero ouvir você sempre me dizendo o quanto eu deveria ser mais simpática para todos. Quero você sempre se justificando quando gastamos além do combinado dizendo um "nós merecemos isso". Quero você planejando o dia em que me levará para Disney, mesmo que eu só queira ir para o Universal Park. Quero você sempre com aquele sorriso no rosto, dizendo sempre que sim. Enfim, quero você.

A você!

Quero cantarolar e te beliscar sempre que você estiver concentrado, dirigindo. Quero almoçar todos os dias com você, mesmo sabendo que terei que esperar suas 96 mastigações por porção. Quero escutar você se culpando por não conseguir estudar tanto quanto queria. Quero dormir com você de conchinha sempre e sempre sentir você me abraçando tão forte e tão coladinho em mim ao ponto de quase me empurrar fora da cama. Quero ter sempre o seu dedo do pé entrelaçado ao meu na hora do sono. Quero você resmungando de como queria que sua família fosse. Quero você cantando mesmo sem saber a letra. Quero você sempre sonhando com o dia em que conseguirá reunir todos os seus amigos em um churrasco na sua casa. Quero você praticando seus golpes de Aikido em todo mundo. Quero você contando suas piadas bobas e fazendo todo mundo rir. Quero ouvir você sempre me dizendo o quanto eu deveria ser mais simpática para todos. Quero você sempre se justificando quando gastamos além do combinado dizendo um "nós merecemos isso". Quero você planejando o dia em que me levará para Disney, mesmo que eu só queira ir para o Universal Park. Quero você sempre com aquele sorriso no rosto, dizendo sempre que sim. Enfim, quero você.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Muito Feliz!!!!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Nós ganhamos um prêmio!!!!


“Tudo o que você ardentemente desejar, entusiasticamente trabalhar para conseguir, inevitavelmente você terá!”

É com essa frase que costumamos ouvir sempre e quase todos os dias no meu trabalho que abro o texto hoje. Antes, parecia só mais uma frase de um livro de auto-ajuda qualquer, mas agora, ela é bem real e exemplifica todo o momento que estamos vivendo hoje: o momento em que ganhamos um prêmio, o momento em que recebemos um troféu pela nossa vitória, o momento em que tivemos todo o nosso trabalho reconhecido...
É com imenso êxtase que recebemos os parabéns por tudo: pelas horas extras, pelas noites de sono mal dormidas, pelos dias sem almoço, pela correria do dia... Neste momento, quando olho para trás, só consigo sentir que tudo valeu à pena. Neste momento, sou só agradecimento pela equipe maravilhosa que tenho oportunidade de trabalhar... Neste momento, neste exato momento, sou só felicidade...

E que venha Cancun!!!!!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ao amor...

"...que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja eterno enquanto dure..."

Daquilo que eu sei...

Em 18/01/2010 (postando atrasado)...


Diz Sheakespeare que “um dia você aprende que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso...” mas, o que é o perdão? É evitar tocar no assunto? É deixar sucumbir a dor da mágoa dentro do peito? Não sei! Ainda estou tentando aprender... O que sei é que não é fácil. Você reza para que, ao acordar, descubra que foi tudo um sonho; que aquela dor latente no peito que fez você ter vontade de chorar, gritar, bater, sumir e esquecer não passou apenas de um triste sonho...
Segundo uma grande amiga minha, “a vida é assim mesmo: aquilo que não nos mata, nos fortalece”. Sei que são as vivências do dia-a-dia que nos torna mais maduros. São todas as conquistas, as perdas, as decepções, as alegrias e as tristezas que nos faz ser quem somos e enxergar a vida como enxergamos. Sinto falta, entretanto, do tempo em que acreditávamos que tudo era e seria perfeito para sempre...
Agora, o que importa é seguir em frente e olhar para trás apenas para ver tudo como exemplo de vida, pois, afinal, “não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára esperando que você o conserte...”.
Acredito, com convicção, que existe amor verdadeiro, o melhor amigo, o final feliz... e uso como tema de minha vida a frase de Pessoa que diz: “pedras no meu caminho, apanho todas... um dia construirei um castelo!”.

Um dia você aprende...

"Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

William Shakespeare