segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vida efêmera...

Hoje eu fiquei sabendo que uma amiga de colégio do meu noivo havia ficado viúva após um acidente de carro com seu recente esposo. Eu não a conheço e tão pouco conhecia a ele, mas, na hora que eu recebi a notícia, me tremi descontroladamente por um tempo. Não tenho nenhuma ligação afetiva com a história deles, mas pensar na efemeridade da vida me fez tremer. Triste coincidência: foi o segundo caso de morte que ocorreu entre os amigos de infância de meu noivo ainda este ano. Foi a segunda privação abrupta de sonhos, de planos, de cotidiano... Isso, evidentemente, me fez refletir: e se fosse comigo? E se, de repente, eu ficasse sem ele? E se, de repente, nossos planos das férias, do casamento, dos filhos, da vida ao envelhecer simplesmente acabassem de uma hora para outra? Só de pensar na hipótese eu já fico angustiada. Às vezes, na correria do dia, a gente esquece de dar valor ao que realmente importa. A gente esquece de dizer o quanto aquela pessoa é importante na nossa vida, o quanto a gente a ama. Não sei se essas duas meninas, ambas viúvas tão cedo, tiveram a oportunidade de se despedir, não sei que momento elas viviam na vida e no relacionamento, não sei o tamanho da dor que elas sentiram (talvez nem elas próprias saibam mensurar), mas sei que não quero passar por isso um dia e que não desejo esse sofrimento para ninguém. Sei que Deus, às vezes, faz coisas que parecem absurdamente incompreensíveis aos nossos olhos, mas que sempre tem um sentido para aqueles que têm fé. Sei que não há nada que se possa fazer, por mais que a gente queira retroceder no tempo e evitar o inevitável, além de esperar acalmar o coração e esvaecer a dor. Sei que, nesse momento, transmitir bons sentimentos é o que realmente importa...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pausa para descanso...


E essa idéia de escrever pelo menos um texto por semana já foi pelo ralo...
Eu tinha intenção de escrever um bocado aqui sobre os acontecimentos das últimas semanas mas alguns fatos, após superados, tornaram-se irrelevantes. Eu poderia ter citado a briga que eu tive no trabalho, a vontade louca de jogar tudo para o alto, a festa surpresa (e sempre maravilhosa) de aniversário, o treinamento super bacana que eu tive com outra equipe e a vontade incomensurável que me deu de mudar de “ares”, mas a única coisa que realmente valeu a pena citar nesse blog foi minha “folga” de dez dias dessa vida louca que teimo em levar. Nesses dez dias, ganhei de presente de aniversário de meu noivo uma viagem para Buenos Aires. A cidade é linda, romântica e divertida. Além do mais, tudo lá é BBB (bom, bonito e barato)! Aproveitamos à bessa e, coincidência, nosso hotel ficou de frente ao Centro Cultural Borges. Se eu não sabia quem era, agora estou graduada em Jorge Luis Borges.

KKKK....

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E...

E um dia você se dá conta que nunca é o suficiente. Você se dá conta que tudo e todos exigem sempre mais de você. Se dá conta que tudo o que eles querem é que você seja sempre bonita e inteligente e solicita e proativa e competente e ética e dedicada e sorridente e magra e família e amiga e estudiosa e leal e otimista e carreirista e enérgica e intelectual e dê conta do recado e, perfeita! E todo dia você se esforça o máximo que pode para tentar ser aceita, para ser bem quista. Acontece que, nesse mundo de exagerados “es” você, às vezes, esquece que é “humano, demasiado humano” e que também pode ser, mesmo que a contragosto, individualista e triste e pessimista e gordo e egoísta e, imperfeito!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Opostos.

Não. Definitivamente e absolutamente, as pessoas não são iguais. O que é para mim, pode não ser para você. O que te fere pode não interferir em nada na minha rotina. Não tente me igualar, não queira me moldar. Deixa eu seguir meu caminho, deixa eu seguir meu aprendizado mesmo que “a duras penas”. Deixa eu trilhar meu destino. Quero você, mas, por favor, não me peça para não ser eu mesma. Me deixa com meus erros, meus acertos, meus anseios mas, por favor, não me deixe. Esteja ao meu lado para me abraçar quando eu acertar ou me emprestar seu ombro quando eu errar. Fique comigo, pois, ao nosso modo, nós nos complementamos. Somos como o sol após a chuva, o Yin e o Yang, o próton e o elétron... Deixa eu ser o oitenta que eu não reclamarei de você ser o oito. Deixa eu ser o escuro que eu não indagarei o seu claro. Deixa que, aos poucos, a gente encontra o nosso equilíbrio...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído".

Como diria Joseph Climber, “a vida é uma caixinha de surpresas”, e assim foi meu dia.
Quem me conhece sabe que minha vida tem trilha sonora. Cada vez que relembro algo nela, imagino com uma música ao fundo. A de hoje foi:

“Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...


Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...
(Epitáfio – Titãs)

Como diria meu amigo, Lindo, "vamos viver essa vida porque o momento é agora"!!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Prece...

Ontem foi feriado. Feriado este que, para mim, por enquanto, ainda não tem nenhum significado. Eu, ainda bem, não tenho ninguém para visitar no cemitério (a não ser alguns parentes distantes). Até teria, mas, a única pessoa muito próxima que perdi foi minha melhor amiga há seis anos e ela foi sepultada bem longe daqui. Por ela, não preciso de dia específico para orar. Oro sempre que algo me acontece e eu sinto uma vontade louca de ligar para alguém para conversar e me vem a lembrança daquele sorriso meigo e caloroso que ela tinha.
Mas esse post não é para falar da Bel. Este post é mais para agradecer por tudo que eu sou, o que eu tenho ou, até mesmo, o que eu não tenho. Ontem terminei, aos prantos, de ler “Paula”, de Isabel Allende. Nesse livro, Paula, a filha de Allende, morre aos 28 anos (que fique claro que a morte dela fica explicita logo na dedicatória do livro pois não é a morte o principal fato da história, e sim, o caminho percorrido até ela). Assim que terminei a leitura fiquei refletindo sobre o porquê de algumas coisas acontecerem como acontece. O que justifica a interrupção da vida de uma pessoa tão jovem como Paula, como minha amiga, Isabel, e como tantas outras? Fiquei refletindo e lembrei uma história que ouvi sobre o Chico Xavier. Essa história fala de uma mãe que perdeu o filho muito jovem em um acidente de carro. A mãe, inconsolada, pergunta “Chico, por que eu?” e Chico responde “minha senhora, e por que não você?”. Essa conversa mexeu comigo e me fez pensar que Deus nunca dá um fardo maior do que a gente consegue carregar. Não sei o que Ele reservou para mim, mas espero que eu consiga seguir minha vida feliz apesar de toda surpresa e todo o inevitável que possa acontecer. Então, depois de toda reflexão, percebi que tenho uma família maravilhosa e cheia de saúde, um noivo companheiro e leal, um excelente emprego, a faculdade que sempre quis fazer, ótimos e numerosos amigos, um cachorro fofo... Percebi que, em alguns post’s anteriores, eu pareço um tanto reclamona, então resolvi escrever esse aqui como uma pequena oração de agradecimento e retratação.


“Obrigada, meu Deus, por ter tão pouco a pedir e tanto a agradecer”.