quarta-feira, 27 de julho de 2011

Clarice, ah, Clarice...

Ah, Clarice! Sabe pôr no papel tudo aquilo que a gente põe na alma...


"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"

terça-feira, 10 de maio de 2011

Eu ando tão "down"...

Eu me dei conta que o tempo tá passando e nada de verdadeiramente importante acontece. Se bem que eu nem mesmo saberia nomear o que é verdadeiramente importante. Eu tô naqueles dias em que você percebe que tem um buraco dentro de você, um espaço vazio dentro do peito e uma vontade enorme de preenchê-lo com não sei quê. Esse vazio tá sempre dentro de mim, latejando, mas eu estou sempre brigando comigo mesma para tentar disfarça-lo. Então, todo dia, eu faço mil e uma atividades que me tomam o tempo de pensar na vida. Todo dia, eu vou tentando preencher esse vazio que pulula dentro de mim com ações superficiais, compras triviais e pessoas iguais. Mas, apesar de todo o sacrifício de enganar-se fingindo que tá tudo bem, depois de toda exaustão que essa encenação frívola ocasiona, um dia, sem mais nem menos, esse vazio aparece e me faz chorar...

domingo, 1 de maio de 2011

"Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz..."

Quando o tempo passa, você começa a se preocupar com os fios de cabelo branco que insistem em querer aparecer. Você começa a se preocupar com as linhas de expressão que aparecem aqui ou ali na sua face. Começa a se perguntar o porquê de você já não fazer tanto os outros quebrarem o pescoço quando você passa... Mas tudo isso não é tão importante se você entender que envelhecer faz parte da vida. Faz parte do ciclo. É inevitável. O que é opcional é você amadurecer ou não.

O lado bom que vem com o tempo é o amadurecimento. Hoje, percebo o quanto o tempo e a vida ensina a gente...

Já não me preocupo mais com fulana ou sicrana, ex-paqueras de meu noivo que, antes, me faziam “arrancar os cabelos” de ciúmes: hoje eu sei que, se ele escolheu ficar comigo, é porque sou muito mais importante que qualquer outra e, se um dia não for mais assim, tenho que entender que, no mínimo, deverei ser a mais importante para mim mesma.

Já não passo tanto tempo pensado no que fizeram ou deixaram de fazer para mim ou comigo. Hoje, percebo que somos todos humanos e que somos muito mais culpados pela forma como o outro agiu do que o próprio que cometeu o ato.

Já não passo mais tanto tempo criticando o jeito de ser dos outros. Hoje, entendo que devo respeitar a maneira de ser de cada um. Além disso, como Freud mesmo dizia, “costumamos ver nos outros aquilo que temos em si”.

Já não tenho mais a impulsividade de antes. Hoje, ao me sentir chateada, tento respirar fundo, parar e pensar antes de falar qualquer coisa. O que você fala pode machucar muito e, por mais que você se desculpe, o que foi dito não pode ser apagado.

O tempo faz a gente encarar a vida de um ângulo diferente. Nada melhor que o tempo para fazer você entender que aquele problema que te tirou noites e noites de sono nada mais era que um simples problema no meio de muitos outros que estarão por vir. Viver um dia de cada vez é a solução.

Nada melhor que o tempo para te fazer entender que aquela colega de trabalho com a qual você não se dava muito bem pode ser sua melhor amiga e aliada, já que ambas trabalham em prol de um objetivo comum.

Nada melhor que o tempo para fazer você entender que não é, e nem pode ser, a melhor em tudo e, por isso, não deve se cobrar tanto ao ponto de ser infeliz.

E, se hoje em dia eu já não consigo mais ficar numa festa até o amanhecer, se tenho que usar “Renew todas as noites; se não posso mais comer tudo como antes porque o metabolismo está ficando mais lento; por outro lado eu estou muito melhor por entender que a vida é finita e que ser do bem, estar bem e viver bem vale muito à pena.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Será que o comercial da Cola Cola tem razão?

Onten, assim como todos, eu fiquei chocada com a tragédia na escola pública do Realengo, Rio de Janeiro. A coincidência é que ontem mesmo, antes da tragédia, eu estava discutindo com uns amigos sobre o comercial da Coca - Cola (Reasons to believe). Agora, será que o comercial tem mesmo razão? Segundo a propaganda, para cada tanque construido, 131 mil ursos de pelúcia são fabricados. Acontece que, com uma arma e muita munição, um maluco entrou em uma escola e matou doze crianças. Não há proporção nesse cálculo. Depois de um acontecimento como esse, fica difícil entender as 'Reasons to believe" da propaganda. Eu quero acreditar que pode melhorar. Eu preciso acreditar que vai melhorar, pois é nessa sociedade que meus filhos viverão.

Lí um texto que achei muito condizente com tudo isso e resolvi postar aqui.


I need to have reasons to believe...


"O Paradoxo do Nosso Tempo.


Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado. "


(George Carlin)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Avante, sempre!!!

Eu não nasci para conviver com o mais ou menos: eu não quero um amor mais ou menos, um trabalho mais ou menos, um amigo mais ou menos, levar uma vida mais ou menos. Entendo a teoria da relatividade mas, na minha vida, eu quero o exato. Eu quero o intenso. Eu quero o maior amor, o melhor trabalho, o melhor amigo. Eu quero levar a vida o melhor que eu puder. Uma grande amiga (e também um modelo para minha vida profissional) sempre me dizia “você quer tudo”. E quero mesmo! Mas eu não quero só para mim, não. Eu quero para todo mundo. Não me julguem mal, mas eu não acho que a finitude da vida nos permite o luxo de sermos conformados. O conformismo me incomoda. E olha que nessa vida tudo pode ser entendido como motivação. Já dizia um velho ditado: “nunca se acovarde diante da vida, pois até um chute no traseiro pode te levar pra frente”.
Avante, sempre!!!!


“ A vida é como andar de bicicleta: a gente só cai quando pára de pedalar...”
(autor desconhecido)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dilma, presidentA do Brasil!

Hoje começamos o dia rindo de um e-mail que recebemos de um autor desconhecido (pelo menos não veio informando no e-mail que nos foi enviado). Com tanta coisa mais importante para se preocupar nesse nosso pais, a nossa presidente quer voltar sua atenção para forma como deverá ser chamada: presidente ou presidenta? Achei o texto interessante e resolvi postar aqui:


Agora, o Diário Oficial da União adotou o vocábulo presidenta nos atos e despachos iniciais de Dilma Rousseff.

As feministas do governo gostam de presidenta e as conservadoras (maioria) preferem presidente, já adotado por jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.

Na verdade, a ordem partiu diretamente de Dilma: ela quer ser chamada de Presidenta. E ponto final.
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.

Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante…

Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não “presidenta”, independentemente do sexo que tenha.

Se diz capela ardente, e não capela “ardenta”; se diz estudante, e não “estudanta”; se diz adolescente, e não “adolescenta”; se diz paciente, e não “pacienta”.

Um bom exemplo seria:

“A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.”
Muito boa!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tolerância zero!

Não é que eu seja encrenqueira, mas é que aceitar algumas coisas do velho “jeitinho brasileiro” não dá! Eu não tô aqui para julgar ninguém, pois eu confesso que, de tão inserida que estamos nessa cultura, às vezes nós damos o famoso “jeitinho” sem sequer perceber. Eu digo isso porque, toda metida a correta como eu sou, pisando em ovos para não refletir essa cultura que eu acho que leva mais ao caos do que resolve problemas, levei a maior bronca da minha vida de um professor de direito comercial da faculdade quando coloquei meu nome numa lista de chamada anterior a que eu estava presente. Na faculdade nós éramos tão acostumados a fazer isso que eu nem pensei no que aquilo realmente significava. Pedi desculpas ao professor dizendo que havia repetido ações sem pensar, achando que era normal. Ele disse para sempre pensar antes no que eu ia fazer para que ninguém nunca pudesse ter argumento algum para insinuar falta de ética de minha parte. Tomei essa lição para o resto da vida!

Bom, mas o assunto desse post era só para dizer que eu, definitivamente, não sou encrenqueira. Eu só não aceito!

Vejam bem se eu não tenho razão:

1. No carnaval, fomos almoçar numa barraca de praia que, aparentemente, era boa. Olhei o cardápio e escolhi logo: peixe frito com baião de dois! Depois de mais de meia hora esperando, morrendo de fome e sedenta pelo almoço, o garçom trás peixe frito com ARROZ. Eu nem sou fã de arroz... Fui questionar o garçom:

- Moço, o sr. se enganou. Eu pedi baião e veio arroz!
- Ah, mas é que aqui a gente não trabalha com baião.
- Mas como não? Tá aqui no cardápio, ó!
- É, eu sei! Tá escrito baião, mas é arroz...
- Mas eu nem gosto muito de arroz...
- Só tem isso.
- Pois quanto custa esse prato? Vamos pagar logo (já sabendo qual era o preço).
- R$ 40,00
- Pois toma!
- Mas aqui só tem R$ 20,00.
- Tá escrito vinte, mas é quarenta!
...
(só meu noivo mesmo, tranquilo como ele é, para intermediar a situação...)


2. Fiz de tudo para chegar cedo na faculdade hoje pois cada dia mais tá um caos para estacionar o carro. A faculdade é pública e não tem estacionamento. É o jeito parar nas ruas ao lado. Pois bem, fui estacionar e uns franelinhas surgidos esta semana do nada (estaciono o carro no mesmo lugar há cinco anos sem precisar que ninguém tome conta dele por mim) acharam de colocar um monte de obstáculo no canteiro da rua para evitar que a gente estacione. Detalhe: nem zona azul a rua tem.
- Amigo, o que é isso aí? Dá para tirar isso do meio para eu estacionar?
- Não posso. Essas vagas estão reservadas!
...
Foi o jeito ligar pra polícia... Aí já é abuso em excesso!!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

"Um grito de amor do centro do mundo".

"A felicidade era como as nuvens que se transformavam a cada momento. Ora reluzia como ouro, ora ficavam acinzentadas; nunca permaneciam num mesmo estado por muito tempo. O tempo ensolarado era um mero capricho, um gracejo."

Kyoichi Katayama

terça-feira, 1 de março de 2011

Uma vaga lembrança...

Era inevitável que tudo acabasse assim. A história deles foi como um cometa que passou pela órbita da terra: intenso, mas finito. Os dois se olharam e já não lembraram mais o porquê de estarem ali. Simplesmente não lembraram...

Foi como aquele momento quando você olha para alguém e tem a leve sensação de que a conhece de algum lugar, de que, de alguma forma, aquela pessoa fez parte da sua vida. Você tenta lembrar dela, seu nome, seu momento, mas todo o esforço é em vão, então você desiste. Você sorri por educação, cumprimenta e segue em frente...

Foi exatamente assim que aconteceu com eles: se olharam e já não se reconheceram. Decidiram seguir em frente, não sem olhar para trás porque, quando aquela pessoa que você conhece “não sei de onde” passa por você, você olha para trás como que uma tentativa de resgatar uma lembrança, forçar a memória, ter um insight. Você olha, você não lembra, você sorri, você segue em frente...

Foi exatamente assim que aconteceu...

Pela janela...

Quando ela olhava pela janela, tudo parecia mais belo, mais colorido que ali dentro. A vida lá fora parecia mais dinâmica, divertida, intensa... Lá dentro, tudo era rotina, metódico, preto e branco.

Abrir a janela e deixar o ar de fora entrar, ultrapassar aqueles limites invisíveis era tudo o que ela sonhava, mas, simplesmente, não sabia como...

Alguém, algo, alguma coisa a segurava ali, sentada, apenas observando a vida através daquele vidro.

Sentia necessidade de ser livre: queria sair quando bem entendesse, queria sentir a chuva, o sol, o vento... Queria arriscar-se, pular, pisar no chão descalça, cantar alto, rolar na grama...

Queria realmente estar do outro lado daquela janela, mas ela, simplesmente, não sabia como...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Um pouco de blá blá blá e um bom argumento...

Desde pequena eu sempre me dei melhor com os meninos. Isso era uma dor de cabeça para meu pai que, machista como ele era, acreditava que meninas deveriam brincar com meninas. Consequência disso: ficava sempre em casa, de castigo! Na minha cabeça, infantil e ainda inocente, eu nem imaginava o porquê dessa proibição. O tempo passou e meus melhores amigos continuaram sendo, na maioria, homens. Vez ou outra eu saio com algumas meninas até mesmo para não perder a feminidade, mas quando menos espero, lá estou eu no clube dos bolinhas.

Ultimamente tenho percebido que as mulheres tem uma idéia bem radical sobre os homens. Eles falam, sim, sobre mulheres e futebol, mas bem menos do que imaginamos.

Hoje, numa roda de amigas do trabalho, elas entraram num consenso: os homens são todos iguais, só pensam em sexo e mulheres “boazudas”. Eu discordei: por conviver com os dois lados eu sei bem que os bolinhas se interessam por sexo tanto quanto nós, as luluzinhas. A diferença é que eles não se envergonham disso.

Conversando com meus amigos na faculdade sobre a conclusão das meninas de que os garotos dão muito valor à estética, eles foram bem resolutos em dizer que as mulheres se matam com cremes e cirurgias à toa. Os homens não se ligam muito nisso.

“Como assim, não tem influencia? Quer dizer que uma mulher com uma bela ‘comissão de frente’ não chama muito mais atenção?” Perguntei eu.

“Olha lá aquele carro”, disse um amigo se referindo a um carro meio abandonado estacionado à frente da faculdade. “Se aquele carro tivesse um aro de liga leve novinho eu até iria elogiá-lo, mas isso não quer dizer que eu o levaria para casa”.

...

Me convenceu e eu dei o assunto por encerrado!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

I Say A Little Prayer For You...





Eu, definitivamente, não sou o tipo que se emociona com cerimônias de casamento, mas, não sei se pelo carinho especial que tenho pelos noivos, pela beleza e romantismo da cerimônia ou se pela semelhança da história deles com a minha, o casamento que fui neste fim de semana realmente mexeu comigo. Eu queria ter feito como aqueles filmes americanos onde alguém levanta, bate na taça e fala alguma coisa ao casal, mas aqui não temos esse costume e meus votos tiveram que ser silenciados e compartilhados em uma oração.

Amigos, desejo a vocês muita saúde, pois a saúde é fundamental para se ter qualidade de vida.

Que haja alegria, pois toda relação precisa de bom humor para sobreviver.

Que haja o diálogo e a compreensão pois, como duas pessoas que são, nem sempre estarão de acordo e nem sempre terão o mesmo ponto de vista.

Que haja companheirismo e lealdade para que se cumpram os votos “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”.

Que haja fé e perseverança, pois elas ajudarão a superar as pedras que surgirão no caminho.

Que haja amizade entre vocês e com vocês, pois, pode parecer piegas, mas bons amigos são como anjos que Deus põe no nosso caminho para nos ajudar a enxergar coisas e soluções que não conseguimos sozinhos.

Que vocês constituam família, pois a família é o “de” e o “para” que motiva a vida.

Que haja muito amor, pois “ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine (1 Corintios 13)”.

E que vocês tenham uma vida longa para usufruir de tudo...

Felicidades ao casal!

'Tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que ele soubesse que eu era eu...'


"Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é."Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

."Tem umas coisas que a gente vai deixando, vai deixando, vai deixando de ser e nem percebe.'
'O pior é que depois de todas as encenações, todas os choros, os apelos calados, as desejos feitos na tentativa de obter algum êxito...você cansa. Acostuma-se... Ele vai e resolve aparecer, assim..do nada, com palavras que ele sabe que de algum modo mexe com os meus sentimentos..'

'Outra coisa que penso quando me lembro daquelas uvas cor-de-rosa é que na vida, as coisas mais doces custam muito a amadurecer.'

'Mas estou disposto a correr o risco. É preciso agora concretizar a idéia. Tira-lá dos limites do pensamento, arranca-lá apenas do papel e torna-lá um pedaço de mim.'

'Não é raro, tropeço e caio. Às vezes, tombo feio de ralar o coração.'

'...Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.'

Caio Fernando Abreu

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Lá fora está chovendo...

Lá fora ouço a chuva fina caindo. Sinto o cheiro da terra molhada. “a terra molhada exala um cheiro penetrante, secreto, íntimo como de sexo ou sono...”* O dia está escuro pelas nuvens carregadas. Tornar-se difícil precisar as horas. “Um trovão explodiu distante, depois outro, mais perto. Um cão ganiu, depois uivou. Vai cair uma tempestade...”*

Os dias de chuva trazem consigo um sentimento de nostalgia, uma tristeza, uma vontade de fazer sabe lá o quê. Vai, chuva. Faz o teu papel de molhar a terra e permitir a vida e depois se vai. Não quero viver hoje apenas como se fosse mais um dia...

Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.

Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.

Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não.
E a chuva cai levemente
Dentro do meu coração
”.

(Fernando Pessoa)

* Caio F – Onde andará Dulce Veiga?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ninguém conhece ninguém...

Hoje, numa conversa rotineira no salão (sim, porque toda mulher sabe que, no salão, todo mundo vira amiga de infância), uma moça tava compartilhando sua experiência fracassada de casamento. Seu ex-marido foi capaz de atos absurdos do qual ela disse que jamais imaginaria. No fim, ela concluiu: ninguém conhece ninguém!

Outro dia, durante as férias, assisti uma reportagem no Vídeo Show que falava sobre os artistas e as loucas cenas absurdamente românticas que faz a gente suspirar pensando no príncipe encantado. Eu sempre achei que seria impossível não se apaixonar de verdade pelo par romântico durante as gravações da novela e foi justamente isso que a reportagem do programa desmentiu. O entrevistador fez perguntas simples sobre o respectivo par romântico como, por exemplo, qual o dia do aniversário ou qual o nome da mãe dele (a) e nenhum ator/atriz soube responder. Eu achei aquilo um absurdo. Como pode você trabalhar tão intimamente com alguém e não saber responder umas perguntas bobas como aquelas?

Refletindo um pouco mais eu me dei conta que passo muito mais tempo com meus colegas de trabalho lá na agência do que com minha família e que também não sei nada sobre eles. Eu não to falando só de detalhes como data de aniversário, cor ou música preferida, mas coisas que interferem na personalidade de uma pessoa, como suas experiências, seus medos ou seus sonhos. Eu me dei conta que, na correria da vida, a gente esquece de falar sobre a gente mesmo e esquece de perguntar pelos outros. Vai apenas vivendo, seguindo na companhia de.

Ultimamente, venho tentando ampliar meu leque de amigos mas, para isso, é necessário conhecer mais e também compartilhar mais. Segundo o dicionário Wikipédia, “a amizade, em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição”.

É verdade que o ser humano é capaz de atos inexplicáveis, mas, grande parte da culpa pelo “ninguém conhece ninguém” é nossa que somos incapazes de aprofundar uma relação, de ouvir, de parar um instante para poder escutar um pouco mais, de aprofundar o diálogo e dividir experiências a fim de tornar possível o estreitamento de um vínculo.