segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vida efêmera...

Hoje eu fiquei sabendo que uma amiga de colégio do meu noivo havia ficado viúva após um acidente de carro com seu recente esposo. Eu não a conheço e tão pouco conhecia a ele, mas, na hora que eu recebi a notícia, me tremi descontroladamente por um tempo. Não tenho nenhuma ligação afetiva com a história deles, mas pensar na efemeridade da vida me fez tremer. Triste coincidência: foi o segundo caso de morte que ocorreu entre os amigos de infância de meu noivo ainda este ano. Foi a segunda privação abrupta de sonhos, de planos, de cotidiano... Isso, evidentemente, me fez refletir: e se fosse comigo? E se, de repente, eu ficasse sem ele? E se, de repente, nossos planos das férias, do casamento, dos filhos, da vida ao envelhecer simplesmente acabassem de uma hora para outra? Só de pensar na hipótese eu já fico angustiada. Às vezes, na correria do dia, a gente esquece de dar valor ao que realmente importa. A gente esquece de dizer o quanto aquela pessoa é importante na nossa vida, o quanto a gente a ama. Não sei se essas duas meninas, ambas viúvas tão cedo, tiveram a oportunidade de se despedir, não sei que momento elas viviam na vida e no relacionamento, não sei o tamanho da dor que elas sentiram (talvez nem elas próprias saibam mensurar), mas sei que não quero passar por isso um dia e que não desejo esse sofrimento para ninguém. Sei que Deus, às vezes, faz coisas que parecem absurdamente incompreensíveis aos nossos olhos, mas que sempre tem um sentido para aqueles que têm fé. Sei que não há nada que se possa fazer, por mais que a gente queira retroceder no tempo e evitar o inevitável, além de esperar acalmar o coração e esvaecer a dor. Sei que, nesse momento, transmitir bons sentimentos é o que realmente importa...

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