quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Prece...

Ontem foi feriado. Feriado este que, para mim, por enquanto, ainda não tem nenhum significado. Eu, ainda bem, não tenho ninguém para visitar no cemitério (a não ser alguns parentes distantes). Até teria, mas, a única pessoa muito próxima que perdi foi minha melhor amiga há seis anos e ela foi sepultada bem longe daqui. Por ela, não preciso de dia específico para orar. Oro sempre que algo me acontece e eu sinto uma vontade louca de ligar para alguém para conversar e me vem a lembrança daquele sorriso meigo e caloroso que ela tinha.
Mas esse post não é para falar da Bel. Este post é mais para agradecer por tudo que eu sou, o que eu tenho ou, até mesmo, o que eu não tenho. Ontem terminei, aos prantos, de ler “Paula”, de Isabel Allende. Nesse livro, Paula, a filha de Allende, morre aos 28 anos (que fique claro que a morte dela fica explicita logo na dedicatória do livro pois não é a morte o principal fato da história, e sim, o caminho percorrido até ela). Assim que terminei a leitura fiquei refletindo sobre o porquê de algumas coisas acontecerem como acontece. O que justifica a interrupção da vida de uma pessoa tão jovem como Paula, como minha amiga, Isabel, e como tantas outras? Fiquei refletindo e lembrei uma história que ouvi sobre o Chico Xavier. Essa história fala de uma mãe que perdeu o filho muito jovem em um acidente de carro. A mãe, inconsolada, pergunta “Chico, por que eu?” e Chico responde “minha senhora, e por que não você?”. Essa conversa mexeu comigo e me fez pensar que Deus nunca dá um fardo maior do que a gente consegue carregar. Não sei o que Ele reservou para mim, mas espero que eu consiga seguir minha vida feliz apesar de toda surpresa e todo o inevitável que possa acontecer. Então, depois de toda reflexão, percebi que tenho uma família maravilhosa e cheia de saúde, um noivo companheiro e leal, um excelente emprego, a faculdade que sempre quis fazer, ótimos e numerosos amigos, um cachorro fofo... Percebi que, em alguns post’s anteriores, eu pareço um tanto reclamona, então resolvi escrever esse aqui como uma pequena oração de agradecimento e retratação.


“Obrigada, meu Deus, por ter tão pouco a pedir e tanto a agradecer”.

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