segunda-feira, 18 de outubro de 2010

E a gente que pensa que sabe muito...

Putz! Morri de vergonha...
Todo mundo que me conhece sabe que eu adoro ler. Adoro mesmo! Desde pequena que eu sempre ando com um livro debaixo do braço. Leio um atrás do outro. Ainda hoje uma amiga do trabalho comentou que me achava inteligente porque eu vivia lendo de tudo e, sabe como é, né?! De tanto a gente ouvir, a gente começa a estufar um pouco o peito e se "achar" um pouquinho. Acontece que, navegando pelas blogosferas diversas desse mundo on-line, encontrei um blogger que gostei muito(http://tantoscliches.blogspot.com/). Eis o trecho que me chamou atenção:

"De que escritor você tá falando?
-Jorge Luis Borges, ué.
-Não conheço.
-Você não conhece Borges? Mas você é, tipo, burro?"

Meu Deus, eu não conhecia Jorge Luis Borges. Digo que não conhecia porque, tipo assim, depois de ler os comentários da referida postagem, morri de vergonha e corri para o Google atrás de saber alguma coisa dessa criatura. Já encomendei até um livro para diminuir minha ingnorância sobre esse autor e, para você também não se sentir "o último dos moicanos", eis uma breve sinopse do mesmo:
***
Jorge Luis Borges nasceu em 1899 na cidade de Buenos Aires, capital da Argentina e faleceu em Genebra, no ano de 1986. É considerado o maior poeta argentino de todos os tempos e é, sem dúvida, um dos mais importantes escritores da literatura mundial.

"Seu texto é sempre o de uma pessoa que, reconhecendo honestamente a fragilidade e as limitações do ser humano, nos coloca diante de reflexões nas quais, com freqüência, está presente o nosso próprio destino." (Miguel A. Paladino).

Algumas obras do autor:

- Fervor de Buenos Aires
- Lua de frente
- Inquisições (renegado pelo autor)
- O Aleph
- Ficções
- História Universal da infâmia
- O informe de Brodie
- O livro de areia
- O livro dos seres imaginários
- História da eternidade
- Nova antologia pessoal
- Prólogos
- Discussão
- Buda
- Sete noites
- Os conjurados
- Um ensaio autobiográfico (com Norman Thomas di Giovanni)
- Obras completas (4 volumes)
- Elogio da sombra

domingo, 17 de outubro de 2010

Ah, paciência...

Hoje eu queria muito, muito, muito postar alguma coisa nesse blog mas, toda vez que eu começo a escrever algo, o meu noivo me desconcentra com os mesmos comentários que ouvi o dia todo: a prova de residência médica. "A questão certa não era a A e sim,a B; acesso à radioterapia complementar para conservação da mama; azitromicina é que é o medicamento correto; a puberdade precoce ocorre é aos nove; blábláblá"... Por favor, IJF, deixa ele passar nessa residência! Huahuahua...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Culpa.

Hoje eu estava vivendo um dia comum: um dia de correria, de metas, de agenda a ser cumprida, de provas, de trabalhos da faculdade para entregar. Uma vida tão lotada de atividades que você começa a parar de pensar e apenas fazer. Deixa de refletir sobre o verdadeiro sentido das coisas, sobre o que é realmente importante nesse mundo... Pois bem, eu estava vivendo mais um dia de puro egocentrismo até que minha irmã mais nova chega em casa arrasada com um caso que ela atendeu no trabalho dela (ela está no ramo de assistencialismo social): uma senhora com dois meninos, um de seis e um de sete meses de idade, foi ao local de trabalho dela pedir ajuda. Esta senhora disse que seu esposo é muito violento, que desconfiava que ele violentava seu filho mais velho mas que só teve certeza das atrocidades cometidas hoje, quando encontrou seu bebê de sete meses com o ânus sangrando. Minha irmã falou que o bebê ainda estava sangrando e que não parava de chorar. A criança mais velha estava arredia, com medo de tudo. Ambos foram encaminhados para os órgãos responsáveis, mas é IMPOSSÍVEL ignorar uma história tão triste como esta. O que podemos fazer para evitar isso tudo? Como melhorar essa sociedade cada vez mais doente? Não consigo parar de pensar que a culpa disso tudo também é minha: ignorar as necessidades alheias também nos tornam culpados. Condenar alguém específico, como? São brutalidades cometidas e repassadas como uma tradição, de pai para filho. Sou culpada porque faço parte de uma sociedade e, como dizia Rosseau, "O homem é bom por natureza. A sociedade é que o corrompe".