quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tudo o que sonhei...

Porque ontem, no meio de uma discussão trivial, ele afirmou que eu ainda não havia realizado tudo o que eu sonhei. Findada nossa conversa, fiquei remoendo esta afirmação e cheguei à conclusão de que ela é falsa! Eis tudo aquilo que sonhei para mim, um dia:

Quando eu era pequena e minha família muuuuito pobre, tudo o que importava, para mim, era mudar aquela situação. Eu acreditava que ter sucesso profissional e estabilidade financeira iria mudar tudo. Andava para lá e para cá cheia de papel cortado imitando dinheiro falso, fingindo que conversava com clientes e fazia inúmeras negociações: sonho número um, realizado!

Aos doze anos, para tentar realizar o sonho um, eu acreditava que ter uma boa educação era fundamental. Apesar de todas as dificuldades de estudar em escolas públicas durante toda minha vida, eu acreditava que, com um pouco mais de esforço, eu conseguiria entrar numa boa faculdade no curso que sempre quis: sonho número dois, realizado!

Quando eu comecei a trabalhar com o que eu sempre quis, eu acreditava que, para visitar todos os clientes e fechar todas as negociações que imaginava, eu precisaria de um meio de locomoção: sonho número três, realizado!

Quando eu era adolescente, eu imaginava conhecer outros povos, outras culturas. No meio em que eu cresci isso era quase impossível, mas eu estava determinada e, apesar de parecer bobagem, eu batalhei muito para viajar de avião: sonho número quatro, realizado!

Esses eram os sonhos que eu tinha há um tempo atrás. Naquele tempo, tudo era diferente, era outra situação. Acontece que, é fato, a gente nunca para de sonhar. E quando a gente acha que conseguiu tudo o que queria, a gente dá um jeito de sonhar mais, sonhar diferente e isso é bom, pois dá motivação à vida. Hoje eu sonho, sim, em constituir uma família. Porque, com o passar do tempo você amadurece e percebe que não são as conquistas materiais que importam, e sim, as afetivas. Porque você percebe que não importa “o que” e sim, “quem”. Porque você percebe que sua vida mudou...

Já dizia Paulo Coelho, "A possibilidade de realizar um sonho é o que faz que a vida seja interessante.".

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eu, escorpião.

Eu nunca dei muita credibilidade a essas coisas de horóscopo. Nunca fui de ler o João Bidú, pois eu, desde o tempo em que lia “criativa” e “atrevida”, achava que isso tudo era pura invencionice.
Acontece que, num jantar desses por aí, onde a gente sempre acaba conhecendo um bocado de gente interessante, eu conheci um rapaz com um currículo bem diferenciado: empresário, administrador, faixa preta em Aikidô e conhecedor profundo da astrologia. Eu frisei o currículo por que sempre, inconscientemente, liguei a imagem de um hippie aos que estudam a astrologia. Conversa vai, conversa vem, ele desdobrou inteiro o meu perfil e me deixou excitada para conhecer um pouco mais sobre a arte de interpretar o horóscopo. Mais uma vez, a vida me prova que formar preconceitos sobre as coisas e as pessoas é errado...

Aí vai um pouco de mim:

Incapaz de viver muito tempo na calma, apaixonado por transformações, é ansioso e exigente. Não lhe falta resistência nem energia e dá tudo de si em situações difíceis. Sente-se diferente dos outros, tem dificuldade em se integrar, ainda mais porque raramente está livre de tensão.

Lúcido, espírito penetrante, crítico e perspicaz. Percebe nos outros o "defeito da couraça".
Determinado, concentrado, confiante. Não se deixa influenciar, manda na sua vida, portanto é responsável pelo que lhe acontece. Pode elevar-se ou decair.

Não gosta de ser contrariado, nem que indaguem dos seus motivos. Força situações, perspicaz, sutil, ardente, leal. Ajuda-se, se quiser, e aos outros. Vingativo, antagônico, sarcástico, violento. Auto-respeito, não se preocupa com o que os outros pensam, pois tem boa opinião de si. Tem como garantido. Bom julgamento. Também quer segurança emocional. Tudo ou nada. Ar impenetrável, face de jogador de pôquer. Não esquece quem lhe ajuda, nem quem lhe prejudica.
Pode prejudicar a saúde com atividade derrotista, melancolia, excesso de trabalho ou de qualquer coisa. Poder de recuperação surpreendente. Garganta, nariz e órgãos reprodutores vulneráveis, varizes e hemorragias nasais.

Seus desafios são constantes, principalmente nas áreas financeiras e sexual. Deve aprender a dar, receber e compartilhar recursos e prazeres. Ambicioso não aparente, espera oportunidade e pega-a imediatamente. Se usar seu grande potencial pode tornar-se pessoa influente.
Corpo: Vigoroso e magro, de estatura media; porte robusto. Olhar magnético, linguagem envolvente. Ritmo biológico acelerado; energia concentrada na expressão física, inquietação motora. Atrai acidentes e morte brusca. Propensões auto destrutivas com grande poder regenerativo.Referência anatômica: genitais.

Remédio de fundo: calcaria sulfúrica.
Ervas harmonizantes: ginseng, guaraná, manjericão.
Incensos: Almíscar, Ópium e Eucalipto.
Psique: Ação das emoções sobre a base corporal.
Inserção rebelde do ego aos contextos convencionais. Reflexos rápidos e audácia provocativa; caráter anti-conformista e criativo. Temperamento vital-motor; humor paradoxal. Pensamento engenhoso, de fluxo intermitente e conteúdo experimental; concentração dispersiva, memória seletiva. Gostos elaborados, hábitos inusitados; moral transformadora. Impulsos primários de rebelião criativa. Tendência à imprudência.
Afetividade: Sensível, inconstante e erótica. Sensualidade experimental intelectualizada. Paixões ardentes e possessivas; emoções e sentimentos poderosos e imaginativos. Busca do novo e impensado. Amor ciumento, obstinado e rancoroso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Indignada!!!!

É a terceira vez, esse semestre, que furo o pneu do meu carro. Como não sei trocar pneus, acionei o seguro. O cara do seguro foi logo dizendo “diga lá, patroa, como foi dessa vez? E aquela viagem, você fez?”. Dá para acreditar? Se familiarizar com o cara que troca o pneu do seu carro é indignante. É sinal de que você o vê muito mais do que deveria...

Ê, Fortaleza Bela! Vai ver, todas essas crateras nas ruas por onde ando fazem parte de algum tipo de arte abstrata...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sessão nostalgia...

Hoje terminaram nossas aulas do nosso penúltimo semestre...
Finalizadas as comemorações, nossa turma foi tomada por um forte sentimento de nostalgia. Com o término da faculdade, apesar das inúmeras juras de contatos e encontros eternos, a gente sabe que nunca será a mesma coisa: nossos encontros nunca serão tão constantes, nossas ligações nunca serão tão diárias, nossas conversas não serão mais tão triviais como relatar e ri, em conjunto, uma topada que levou durante o dia, nossa presença nunca mais será tão absurdamente presente...
Voltando para casa, me lembrei das inúmeras pessoas que passaram na minha vida e de como elas marcaram tão intensamente minha história. São pessoas que, em algum momento, me foram extremamente importantes e que, por algum motivo, foram afastadas de mim (ou eu delas). Quando eu escrevo “afastadas” não é apenas como o Benito e a Bel, que já não marcam presença física neste mundo, mas sim, todos os amigos que, seja pela distância, seja pelas atividades, já não tenho mais contato e que, vez em quando, me bate uma saudade enorme.
Que falta me faz o Rodrigo, vizinho da casa da vovó, e de nossa amizade “unha e carne” do tempo em que eu ainda andava de “calcinha lambada” pela rua. Que falta me faz a Jú e seus infinitos jogos que juntava a turma toda nos finais de semana. Que falta me faz a Érika, amiga de infância e única amiga tão intima a ponto de eu não ter vergonha de tomar banho na frente dela (todos que me conhecem sabem do meu pudor exacerbado neste sentido). Que falta me faz a Kalina e sua esperteza para a vida e as pessoas. Que falta me faz o Danilo, companheiro de cursinho e de altos bate-papos a troco de nada até altas horas da madrugada. Que falta me faz o Edu Xavier, meu eterno “biscoitinho” filósofo e de nossas conversas super “cabeça” (aliás, depois dele, nunca mais conversei coisas tão transcendentais). Que falta me faz a Sirlane e seu sorriso solto para tudo o que eu comentava. Que falta me faz tantos outros...
Ah, como seria bom se a gente pudesse manter as pessoas queridas sempre bem pertinho da gente...