sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ninguém conhece ninguém...

Hoje, numa conversa rotineira no salão (sim, porque toda mulher sabe que, no salão, todo mundo vira amiga de infância), uma moça tava compartilhando sua experiência fracassada de casamento. Seu ex-marido foi capaz de atos absurdos do qual ela disse que jamais imaginaria. No fim, ela concluiu: ninguém conhece ninguém!

Outro dia, durante as férias, assisti uma reportagem no Vídeo Show que falava sobre os artistas e as loucas cenas absurdamente românticas que faz a gente suspirar pensando no príncipe encantado. Eu sempre achei que seria impossível não se apaixonar de verdade pelo par romântico durante as gravações da novela e foi justamente isso que a reportagem do programa desmentiu. O entrevistador fez perguntas simples sobre o respectivo par romântico como, por exemplo, qual o dia do aniversário ou qual o nome da mãe dele (a) e nenhum ator/atriz soube responder. Eu achei aquilo um absurdo. Como pode você trabalhar tão intimamente com alguém e não saber responder umas perguntas bobas como aquelas?

Refletindo um pouco mais eu me dei conta que passo muito mais tempo com meus colegas de trabalho lá na agência do que com minha família e que também não sei nada sobre eles. Eu não to falando só de detalhes como data de aniversário, cor ou música preferida, mas coisas que interferem na personalidade de uma pessoa, como suas experiências, seus medos ou seus sonhos. Eu me dei conta que, na correria da vida, a gente esquece de falar sobre a gente mesmo e esquece de perguntar pelos outros. Vai apenas vivendo, seguindo na companhia de.

Ultimamente, venho tentando ampliar meu leque de amigos mas, para isso, é necessário conhecer mais e também compartilhar mais. Segundo o dicionário Wikipédia, “a amizade, em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição”.

É verdade que o ser humano é capaz de atos inexplicáveis, mas, grande parte da culpa pelo “ninguém conhece ninguém” é nossa que somos incapazes de aprofundar uma relação, de ouvir, de parar um instante para poder escutar um pouco mais, de aprofundar o diálogo e dividir experiências a fim de tornar possível o estreitamento de um vínculo.

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