sexta-feira, 8 de abril de 2011

Será que o comercial da Cola Cola tem razão?

Onten, assim como todos, eu fiquei chocada com a tragédia na escola pública do Realengo, Rio de Janeiro. A coincidência é que ontem mesmo, antes da tragédia, eu estava discutindo com uns amigos sobre o comercial da Coca - Cola (Reasons to believe). Agora, será que o comercial tem mesmo razão? Segundo a propaganda, para cada tanque construido, 131 mil ursos de pelúcia são fabricados. Acontece que, com uma arma e muita munição, um maluco entrou em uma escola e matou doze crianças. Não há proporção nesse cálculo. Depois de um acontecimento como esse, fica difícil entender as 'Reasons to believe" da propaganda. Eu quero acreditar que pode melhorar. Eu preciso acreditar que vai melhorar, pois é nessa sociedade que meus filhos viverão.

Lí um texto que achei muito condizente com tudo isso e resolvi postar aqui.


I need to have reasons to believe...


"O Paradoxo do Nosso Tempo.


Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado. "


(George Carlin)

Um comentário:

  1. Lílian, lemos o post e compartilhamos dessas mesmas angústias e inquietações. Acreditar em alguma coisa hj em dia já é difícil e acredidar no bem é mais difícil ainda. Até mesmo pq o apelo midiático parece gravitar em torno do mal.

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